quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Grupos Pequenos e a Santidade no Avivamento Wesleyano

Visando criar melhores condições para a formação do caráter de Cristo em cada discípulo, Wesley organizou os metodistas em pequenos grupos de aproximadamente 12 pessoas que se reuniam semanalmente para estudar a Bíblia, orar e testemunhar sobre o estado de suas almas em busca de perdão e cura.

Wesley publicou uma lista de questões para os líderes das classes ajudarem os membros a se auto-examinarem:
1.    Quais dos pecados conhecidos você cometeu desde nossa última reunião?
2.    Quais tentações você superou?
3.    Como Deus falou com você?
4.    Você teve algum pensamento, palavra ou ato que possa ser pecaminoso?
Após o perdão, o líder pronunciava a seguinte frase de acolhimento: "nós os recebemos com alegria"!


Por que a confissão de pecados é tão necessária?

É preciso confessar os nossos pecados a Deus para recebermos perdão. João escreveu aos cristãos: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1:9).

Devemos também confessar os nossos pecados às pessoas que ofendemos: "Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lc 17:3-4).

Mas, não pára por aí, pois a Bíblia também ensina que precisamos também confessar nossos pecados uns aos outros no seio da Igreja para sermos curados espiritualmente e até fisicamente: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tg 5:16). Os grupos pequenos são um ótimo ambiente para isto. Precisamos de amigos maduros na fé em quem possamos confiar. Precisamos muito uns dos outros. A vida cristã não é uma jornada solitária. Não existe cristianismo sem Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo. Paulo escreveu "a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele (1 Co 12:25-26).

A Igreja é uma comunidade de cura e misericórdia onde reinam o amor, a justiça e a verdade. De fato, ela se parece mais com um hospital para os enfermos do que com um museu de santos. Lembrando que os doentes procuram o hospital para serem curados! A santidade é a saúde da alma! Não devemos ocultar nossas enfermidades, precisamos ser humildes para reconhecer que precisamos de ajuda e para sermos capazes de confessar nossas fraquezas em busca da cura de nossas almas! De outra forma, sozinhos, acabaremos sucumbindo ao pecado. “Quem esconde os seus pecados nunca prosperará; mas quem os confessa e os abandona será perdoado” (Pv 28:13).


Bispo José Ildo Swartele de Mello (Via e-mail)